Lei do Salão Parceiro: Entenda como funciona os detalhes dessa Parceria
- Aquila Jason
- 9 de ago. de 2023
- 3 min de leitura

Se você está imerso no mundo da beleza ou se interessa por esse setor em ascensão, certamente já ouviu falar da Lei do Salão-Parceiro. Essa forma inovadora de parceria está transformando a prestação de serviços de beleza e redesenhando a dinâmica tributária entre profissionais e estabelecimentos. Neste artigo, exploraremos os aspectos dessa lei e forneceremos respostas concisas para suas principais dúvidas. A medida que a Lei do Salão-Parceiro revoluciona a maneira como o setor opera, analisaremos cuidadosamente suas implicações, desde seu funcionamento essencial até as responsabilidades exclusivas tanto dos Salões-Parceiros quanto dos Profissionais-Parceiros. Este guia completo irá esclarecer os detalhes desse novo modelo de colaboração, permitindo que você compreenda como ele está moldando a indústria da beleza e simplificando questões tributárias de maneira eficaz.
O Que é o Salão-Parceiro?
Como o próprio nome sugere, o Salão-Parceiro é uma modalidade de contrato que envolve a colaboração entre um salão de beleza e os profissionais que lá atuam. No entanto, diferentemente do modelo tradicional de emprego, essa parceria é baseada em acordos flexíveis e permite que os profissionais exerçam suas atividades de maneira autônoma, sem a criação de um vínculo empregatício.
Como Funciona a Lei do Salão-Parceiro?
A Lei nº 12.592/2012 foi criada para regulamentar essa relação de parceria entre salões de beleza e profissionais da área. Ela proporciona segurança jurídica para ambas as partes, estabelecendo regras claras e transparentes que devem ser seguidas na celebração dos contratos.
Benefícios da Lei do Salão-Parceiro:
Segurança Jurídica: Antes da lei, os contratos entre salões e profissionais não tinham validade jurídica clara. Com a lei em vigor, há um arcabouço legal que protege ambas as partes.
Autonomia para Profissionais: Os profissionais têm a liberdade de atuar de forma independente, escolhendo os serviços que prestam e estabelecendo seus horários.
Redução de Impostos: A lei oferece a possibilidade de pagar menos impostos de maneira legal, o que é um benefício significativo para os envolvidos.
Responsabilidades do Salão-Parceiro
O Salão-Parceiro assume um papel crucial nesse modelo de parceria. Ele é responsável por receber os pagamentos dos serviços realizados pelos profissionais, emitir a nota fiscal de serviço ao cliente e reter a porcentagem acordada. Além disso, o salão deve manter suas instalações em condições adequadas e seguir todas as normas de segurança e saúde.
Responsabilidades Detalhadas do Salão-Parceiro:
Recebimento e Pagamento: O salão é responsável por receber os pagamentos dos clientes e realizar os repasses aos profissionais de acordo com o contrato.
Emissão de Nota Fiscal: A emissão da nota fiscal de serviço ao cliente é uma obrigação do salão, com destaque para o valor repassado ao profissional.
Manutenção das Instalações: O salão deve manter suas instalações e equipamentos em boas condições para garantir a segurança dos profissionais e clientes.
Responsabilidades do Profissional-Parceiro
O Profissional-Parceiro desempenha um papel ativo na prestação dos serviços. Ele realiza as atividades acordadas em contrato, obedecendo às normas sanitárias e garantindo a esterilização dos materiais e utensílios utilizados nos atendimentos aos clientes.
Responsabilidades Detalhadas do Profissional-Parceiro:
Prestação de Serviços: O profissional deve cumprir com excelência os serviços acordados em contrato, garantindo a satisfação dos clientes.
Normas Sanitárias: É responsabilidade do profissional seguir as normas de higiene e segurança, garantindo um ambiente saudável para os clientes.
Emissão de Nota Fiscal: O Profissional-Parceiro também deve emitir sua nota fiscal, identificando o salão como tomador.
Enquadramento Tributário e Emissão de Notas Fiscais
Um dos aspectos mais relevantes da Lei do Salão-Parceiro é a forma como a tributação é tratada. Para o Salão-Parceiro optante pelo Simples Nacional, a parte destinada ao Profissional-Parceiro não é considerada como receita bruta. Isso tem implicações importantes na apuração dos tributos.
Enquadramento Tributário:
Simples Nacional: O salão pode optar pelo Simples Nacional e recolher os tributos de acordo com a parte que lhe cabe.
Profissional-Parceiro MEI: O Profissional-Parceiro também pode ser enquadrado como Microempreendedor Individual (MEI), Microempresa (ME) ou Empresa de Pequeno Porte (EPP).
Importância do Contador
Devido às nuances das legislações municipais e a complexidade das questões tributárias, contar com um contador é fundamental para o sucesso da operação sob a Lei do Salão-Parceiro. Um profissional contábil pode garantir que todas as obrigações sejam cumpridas de forma eficiente e atualizada, evitando problemas futuros.
Principais Dúvidas Respondidas
Contratação de Recepcionista? Não, a lei não prevê a contratação de recepcionista por contrato de parceria.
MEI Precisa Emitir Nota Fiscal? Sim, é necessário emitir nota fiscal para a parte recebida.
Pagamentos e Recebimentos? O cliente paga ao Salão-Parceiro, que repassa o valor ao Profissional-Parceiro após deduções.
Conclusão
A Lei do Salão-Parceiro marca uma reviravolta no universo da beleza, estabelecendo um modelo colaborativo entre salões e profissionais que promove independência e clareza. Com regras bem definidas, esta legislação traz vantagens tanto para os estabelecimentos quanto para os artistas da beleza.
A flexibilidade do Salão-Parceiro dá aos profissionais a liberdade de gerenciar seus horários e serviços, incentivando a criatividade e uma experiência mais rica para os clientes. Para os salões, a lei oferece uma abordagem tributária transparente e uma colaboração na manutenção das instalações e atendimento.

Comments